domingo, 23 de novembro de 2014

Avaliação diagnóstica - Sondagem da escrita do alunos

Avaliação diagnóstica Português - Sondagem da escrita do alunos

É fundamental que no início das aulas seja realizada uma avaliação diagnóstica ou sondagem, para partirmos do que nossos alunos já sabem.
Para iniciar o trabalho, logo nas primeiras semanas de aula, os professores devem realizar “a sondagem” nas CLASSES de alfabetização.
Organizar uma LISTA de palavras com o mesmo tema. A lista deve ser iniciada com as palavras polissílabas, depois as trissílabas, dissílabas e monossílabas, por último uma frase referente a lista utilizada. 
Como realizar a sondagem:
1- Deve ser realizada individualmente.
2-  O aluno escreve com letra bastão.
3- Com a lista de 04 palavras, iniciar sempre na polissílaba para a monossílaba.
5- As palavras devem ser escritas uma embaixo da outra.
6- Após o ditado das quatro palavras, deve-se ditar a frase .
7- Evitar palavras com LETRAS contíguas (Ex: CASA – AA)
8- Não soletrar, não silabar.
9- Ditar cada palavra, pedindo a leitura imediata a cada uma delas, o aluno vai indicando com o dedo a leitura (anotar marcas de leitura).
10- O sulfite é o recurso MAIS indicado para realização desta atividade.
11- O aluno escreve do jeito que sabe, sem interferência do PROFESSOR.
Ao término da sondagem, o professor registra no ditado, a forma como o aluno leu (global e/ou silabicamente), a fase de escrita em que se encontra e outras informações importantes. 

Veja os exemplos sondagem de escrita de duas crianças:

As atividades com nomes próprios ajudam os alunos a compreenderem o sistema de escrita.


Objetivos para aluno Pré- silábico e Silábico.

                   

PARA O ALUNO PRÉ-SILÁBICO

Associar palavras e objetos;
Memorizar palavras globalmente;
Analisar palavras quanto ao número de LETRAS, inicial e FINAL;
Distinguir LETRAS e números;
Reconhecer as LETRAS do alfabeto (cursiva e bastão);
Familiarizar-se com os aspectos sonoros das letras através das iniciais de palavras significativas;
Relacionar discurso oral e texto escrito;
Distinguir imagem de escrita;
Observar a orientação espacial dos textos;
Produzir textos pré-silabicamente;
Ouvir e compreender histórias;
Identificar letras e palavras em textos de conteúdo conhecido.



PARA O ALUNO SILÁBICO

Reconhecer a primeira LETRA das palavras no contexto da sílaba inicial;
Comparar palavras memorizadas globalmente com a hipótese silábica;
Contar o número de letra das palavras;
Desmembrar oralmente as palavras em suas sílabas;
Reconhecer o som das LETRAS pela análise da primeira sílaba das palavras;
Reconhecer a forma e as posições dos dois tipos de LETRAS: cursiva e maiúscula;
Identificar palavras em textos de conteúdo conhecido (qualquer tipo de palavra);
Produzir textos silabicamente;
Ouvir e compreender histórias;
Completar palavras com as letras que faltam (observando que o número de letras presentes exceda sempre o número de sílabas da palavra).

Atividades para Alfabetização.






segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Telefone celular também é usado para a alfabetização.



Lígia Maria da Silva Santos, de 24 anos, trabalha como auxiliar de limpeza durante o dia e estuda à noite. Ela é colega de classe do ajudante de pedreiro Cláudio Oliveira Kosaske, de 40 anos. Os dois fazem parte de um grupo de 14 milhões de brasileiros acima de 15 anos que não conseguiram ter acesso à alfabetização. Entretanto, voltaram cheios de ânimo aos bancos das salas de aula e estão cada vez mais próximos de realizar o sonho de ler e escrever. Eles estão sendo alfabetizados com a ajuda de um aparelho celular.

Lígia e Kosaske estão incluídos no Programa de Alfabetização na Língua Materna (Palma), desenvolvido pelo matemático José Luiz Poli, de 54 anos, direcionado a complementar a educação formal de jovens e adultos que não sabem ler e escrever.

O programa permite a alfabetização pela combinação de sons, letras e imagens nos aparelhos celulares. Desde abril, o Palma está sendo testado em um projeto-piloto junto às prefeituras municipais de Campinas, Itatiba e Pirassununga.

Segundo Poli, a ideia do programa surgiu depois da constatação de que a maioria das pessoas tem familiaridade com os celulares. “Analisando por muitos anos a alfabetização de jovens e adultos, visitando muitas classes de pessoas com mais de 15 anos, percebi a grande dificuldade delas em aprender a ler e escrever por causa da vida dura que levam. Percebi também que a maioria tinha ou sabia usar um aparelho celular muito bem. E se eles conseguiam utilizar os números para fazer e receber ligações, se eu desenvolvesse um método que combinasse letra com número, eles também poderiam aprender as letras e ser alfabetizados”, afirma Poli.

Desenvolvido com a ajuda de doutores nas áreas de educação e tecnologia, o método é composto por um aplicativo para smartphones e por um sistema que controla o desempenho acadêmico. As lições sonorizadas complementam a alfabetização em cinco níveis: alfabeto, sílabas simples, sílabas complexas, vocabulário e interpretação de texto. “Além da combinação de sons, números e palavras, o aluno tem uma série de exercícios sob a forma de jogos que ajuda na fixação da aprendizagem”, explica o professor.

Cada estudante da turma-piloto recebeu um aparelho, por onde acessa diariamente o programa. “Durante 30 minutos da aula, a professora permite que os alunos liguem o aparelho e façam os exercícios. Eles levam celular para casa ou para o trabalho e podem refazer as atividades tantas vezes quanto desejarem”, afirma. O desempenho é medido individualmente ao final de cada atividade por meio de um sistema de monitoramento instantâneo, via mensagem SMS. Durante as férias de julho, Kosaske arriscou seguir com a aprendizagem por conta própria. “Passei várias palavras para o meu caderno. Também aprendi a entrar no programa e fazer a lição”, diz ele.

Os dez alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Clotilde Barraquet von Zuben, no Jardim Florence 2, em Campinas, incluindo Lígia e Kosaske, aprovaram os resultados obtidos em três meses de uso do novo método. “Com o celular, acho que estou aprendendo mais e com fé em Deus vou conseguir aprender a ler”, diz Lígia. “A leitura faz falta para mim. Já perdi muito emprego bom porque não sabia ler nem escrever. Com o projeto eu vou avançar. Vou estudar e aprender ainda mais”, completa o colega Kosaske. Ao final do ano, quando passarem por uma prova presencial com o uso do celular, e apresentarem bom desempenho, os alunos ganharão o aparelho.

O projeto-piloto será testado até o final deste ano e em seguida deve ser ampliado para outras cidades do País. “Quero testar esse modelo até o final do ano, verificar o trabalho de acompanhamento da professora e observar como os alunos evoluíram. Ano que vem, pretendo ampliar para o Brasil inteiro se for possível”, afirma Poli. Segundo ele, a intenção ainda é criar um programa que possa ser utilizado por crianças. “Pretendo no futuro transformar o método que eu tenho para crianças, de forma que o celular também possa ser utilizado por elas como um reforço da aprendizagem na sala aula”, afirma. Atualmente, a inserção de outras matérias da educação básica, como matemática e ciências naturais e sociais, está em fase de desenvolvimento e deve ser implementada no próximo ano.

Método vai ser ampliado para mais duas escolas

Programa de Alfabetização na Língua Materna (Palma), iniciado em abril deste ano com 55 alunos de quatro escolas do Estado, será ampliado este semestre para mais duas escolas de Campinas, a Administração Regional, no Jardim Cristina, e a Escola Municipal de Educação Infantil Professor Jorge Leme. Com a ampliação, mais 30 alunos que fazem parte do programa de Educação de Jovens e Adultos serão incluídos no programa. Os motivos da ampliação são os bons resultados do projeto-piloto e o reconhecimento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). “A alfabetização por meio do celular vem ao encontro de uma revolução e de uma evolução tecnológica, promovendo a flexibilidade de horário, mobilidade e educação personalizada onde o aluno aprende no seu ritmo com o acompanhamento do professor. O projeto foi contemplado com elogios e recomendação pela Unesco, enquanto “um potencial importante como reforço para o processo de alfabetização de jovens e adultos que tanto desafia a maioria dos países em desenvolvimento”, afirma Marinalva Imaculada Cuzin, coordenadora do programa de Jovens e Adultos, de Campinas. (IM/AAN)
fonte:ortal.rac.com.br/noticias/

Sejam Bem vindos!!


“Daqui a cem anos, não importará o tipo de carro que dirigi, o tipo de casa em que morei, quanto tinha depositado no banco, nem que roupas vesti. Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fui importante na vida de uma criança.”
Autor desconhecido.